Há 04 anos eu fui convidada a me voluntariar no projeto mãe canguru e aceitei imediatamente, ele consiste em emprestar o calor do nosso corpo aos bebês que nascem com menos de 2,5 kg para acelerar o crescimento fora da barriga e lembrá-los sobre a respiração através do exemplo e quando atingir esse peso ter alta médica e ir para casa viver sua vida normalmente. Vários são os fatores que levam as crianças a nascerem abaixo do peso, a exemplo da desnutrição da mãe, interferências de pressão ou glicose na gestação, falta ou excesso do líquido amniótico, falta de acompanhamento do pré-natal nas unidades de saúde pública ou privada.
Bem, o que ocorreu foi que no primeiro processo quando eu encostei o bebê em mim senti um disparo anormal no meu coração e um nó se formou na minha garganta como se fosse faltar-me o ar, pensei comigo isso é passageiro, porém o coração desacelerou e o nó na garganta permaneceu de forma a criar a necessidade de tomada de providências clínicas. Fui ao médico pela primeira vez em 56 anos para fazer um check up e a constatação foi de que o caso foi pontual e que o tempo desfaria o nó, e realmente foi o que aconteceu.
Com essa história e muitas outras vividas ou ouvidas vem a
certeza de que nossos sentimentos são surpreendentes e sem medida certa, eles
simplesmente chegam e se instalam em nós quase que mudando todo o rumo das
nossas vidas, o que é bom de saber é que conforme ensinam as técnicas de
coaching e de neurolinguística nós podemos alterar e ter controle sobre os
nossos pensamentos e através deles traçar planos e ações que nos volte a andar
nos trilhos, a tomar conta de nós mesmos da melhor maneira possível e continuar
a viver.
Atualmente continuo sendo voluntária mãe canguru e me sinto muito bem: ativa, feliz e consistente.
Essa necessidade do projeto vem de mães internadas, mães de gêmeos ou trigêmeos, mães depressivas, mães que tem falta de dinheiro para condução, mães que moram muito longe do hospital e demanda muito tempo de trânsito, mães de outros filhos que estão em casa para serem cuidados, mães que deixam as crianças para a sociedades e várias outras MÃES.
Lita Morais